Entrevista exclusiva: LinkedIn estuda instalação de escritório no Brasil

Diretora de marketing para América Latina destaca que a cultura do brasileiro favorece o relacionamento em redes sociais

A partir do Canadá, Nicole German comanda todas as atividades de marketing da rede social LinkedIn para a América Latina, desde dezembro de 2010. Uma das missões da executiva canadense, que morou durante alguns anos de sua infância e adolescência no Brasil, é estudar a possibilidade de instalação do primeiro escritório da empresa no País.

“O LinkedIn está fazendo uma expansão internacional. E estamos preparando um plano de negócios para ver a possibilidade de abrir um escritório no Brasil”, disse a diretora, em entrevista exclusiva ao Olhar Digital. “Sabemos que é um mercado importante para nós”, complementou Nicole.

No último balanço do LinkedIn, divulgado em março deste ano, o País foi citado como o mercado com o maior crescimento anual (428%) no número de usuários cadastrados na rede social. E os brasileiros já representam cerca de 3% de toda a base de mais de 100 milhões assinantes do site, que nasceu em 2002, nos Estados Unidos, com a proposta de ser uma agenda de contatos qualificados para os profissionais.

A recente expansão do LinkedIn no Brasil, na visão de Nicole, deve-se a diversos fatores. “A cultura do brasileiro favorece esse relacionamento em redes sociais”, pontua. Ela atribui o maior interesse dos usuários também ao bom momento da economia nacional, que favorece a troca de informações e o recrutamento de profissionais por meio da redes de relacionamentos online.

As ferramentas para recrutamento de profissionais, por sinal, são um dos principais pilares de sucesso do LinkedIn. “A nossa equipe de engenharia está o tempo todo trabalhando em novos produtos, seja para indivíduos que estão procurando emprego ou para empresas que precisam recrutar pessoas”, cita Nicole, que avisa: “Nos próximos dias e semanas devemos ter novidades.”

Uma funcionalidade que pode ser lançada em breve pelo LinkedIn, segundo o site GigaOm, é a ferramenta para que os profissionais se candidatem a vagas de emprego online usando apenas o perfil da rede social, ou seja, sem a necessidade de preencher formulários e enviar currículos. A diretora de marketing para América Latina, no entanto, não quis comentar o assunto.

Avaliado em cerca de US$ 9 bilhões, o LinkedIn, que teve um faturamento de US$ 243 milhões em 2010, trabalha hoje com três fontes de receita: assinaturas (para que os usuários tenham acesso a recursos diferenciados da versão gratuita), anúncios online e ferramentas para recrutamento de profissionais. O sucesso da rede social pode ser medido por sua entrada na bolsa de valores, em maio deste ano. Em apenas um dia, o valor das ações da companhia cresceu quase 100%.

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